Alice Através do Espelho

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Alice (Mia Wasikowska) retorna à Inglaterra após uma longa viagem pelo mar. Quando vai a uma festa num casarão, ela percebe a presença de um de seus amigos do outro mundo, que a leva até um espelho mágico. Assim, ela volta ao País das Maravilhas, onde descobre que o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) corre risco de morte após fazer uma descoberta sobre seus pais. Para salvar o amigo, Alice deve convencer o Tempo (Sacha Baron Cohen) a ajudá-la a voltar às vésperas de um evento traumático a fim de mudar o destino do Chapeleiro.

Com Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway, Sacha Baron Cohen, Rhys Ifans, Matt Lucas, Lindsay Duncan, Andrew Scott, Ed Speleers, Alan Rickman, Stephen Fry, Michael Sheen, Timothy Spall, John Sessions, Barbara Windsor, Paul Whitehouse, Toby Jones e mais.

Título original: Alice in Wonderland 2: Through the Looking Glass

  • Data de lançamento: 26 de maio de 2016 (Brasil)
  • Direção: James Bobin
  • Roteiro: Linda Woolverton
  • Gênero: Suspense
  • País: EUA
  • Duração: 112 min
  • Classificação: Livre
  • Orçamento: $170 milhões

Personagens em destaque: Alice Mia Wasikowska, Johnny Depp Chapeleiro Maluco, Rainha Vermelha Helena Bonham Carter, Time Sacha Baron Cohen e Rainha Branca Anne Hathaway.

Ganhamos a continuação do longa Alice no País das Maravilhas(2010), que não tem o Tim Burton, na direção, mas o mesmo está na produção. Como alguns sabem, o filme é baseado no romance Through the Looking-Glass and What Alice Found There(Alice Através do Espelho e O Que Ela Encontrou Por Lá) de Lewis Carroll.

O roteiro fica por conta da Linda Woolverton, que não é recheado de ideias brilhantes, mas funciona bem o suficiente como uma tela em branco, para o qual a equipe de efeitos especiais ficam malucos.

Com isso, acredito ser bem notável que a qualidade dos efeitos especiais é impresssionante. Um show de cores e efeitos, sem muita profundidade as vezes, mas agrada muito. O ponto negativo é que o roteiro não consegue ter uma base bem construída, nas questões como: O trauma da perda do pai de Alice e as brigas com a mãe, a história do Chapeleiro que foi rejeitado pelo pai e corre risco de morte por causa de uma lembrança, Rainha Branca e Vermelha que iniciaram uma briga ainda crianças, as viagens através do passado que serve como uma muleta narrativa e evidenciando os diversos buracos que há no roteiro.

O ponto interesante do roteiro, é questão da sociedade machista, que impõe que o lugar de Alice é como assistente de homens e não como uma Capitã de um navio. Alice em muitos momentos do longa é a mulher que vai contra a lógica do sexo frágil e a impossibilidade de escolher o seu destino.

Para quem é fã do primeiro longa da franquia, vai gostar de ver essa continuação, pela volta dos atores e a qualidade visual. Para outros, não se tem motivos para a produção do longa, a não ser pelo sucesso de seu antecessor nas bilheterias.

A grande curiosisade do longa é ser o último filme do Alan Rickman, o eterno Severo Snape(Harry Potter) e Hans Gruber(Duro de matar). No longa ele faz a voz da Lagarta.

O longa se passa três anos após o primeiro na cronologia da franquia. Os atores mantém a mesma linha de seu antecessor, não tendo muita evolução nos personagens.

James Bobin, já é conhecido por ter dirigido filmes como: Os Muppets(2011) e Muppets 2: Procurados e Amados(2014). O mesmo acaba exagerando na questão visual e soa engraçado ter a sensação de vazio.

Conclusão

Então, temos o lado positivo do longa, o apelo visual e também como ponto negativo o seu exagero. Resumindo é um filme para se "ver", pois tudo gira em torno dessa questão. O roteiro tem sua base fraca, que se perde na idas e vindas do tempo. Mostrando que é evidente que essa sequência é mais pela influência da bilheteria alcançada no primeiro filme da franquia.